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Biomarcadores da exposição à nicotina

        Os biomarcadores de exposição ao tabaco, nomeadamente a nicotina, são importantes para a quantificação da exposição sistémica. O número de cigarros consumido por dia não é usado para fazer esta avaliação, uma vez que varia de acordo com o ato de fumar de cada individuo e com a própria composição do cigarro que consome. Por esta razão, usa-se a quantificação de fluidos biológicos, como o sangue. A quantificação da nicotina é uma medida muito específica para essa avaliação, no entanto tem a desvantagem de ter o tempo de semivida curto (2h), por esta razão avalia-se a cotinina.

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​         A cotinina é um biomarcador altamente específico, caracterizado por ter um tempo de semivida longo (16h).

 

       A cotinina também não é um marcador perfeito, já que o seu metabolismo é afetado pela raça, género, idade, variação genética da CYP2A6, entre outros. O que leva a que as pessoas convertam percentagens diferentes de nicotina em cotinina e que a metabolizem de forma diferente, gerando níveis plasmáticos variáveis de indivíduo para indivíduo.

 

        Para estabelecer a relação entre a ingestão de nicotina e os níveis de cotinina no sangue usa-se a seguinte expressão:

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Dose ingerida de nicotina = (Clearance de cotinina * Concentração sanguínea de cotinina) / fração de nicotina convertida em nicotina

Tabela 1. Biomarcadores de exposição ao tabaco

Adaptada de Benowitz, N.L., J. Hukkanen, and P. Jacob, 3rd, Nicotine chemistry, metabolism, kinetics and biomarkers. Handb Exp Pharmacol, 2009(192): p. 29-60.

Referências Bibliográficas:

  1. Benowitz, N.L., J. Hukkanen, and P. Jacob, 3rd, Nicotine chemistry, metabolism, kinetics and biomarkers. Handb Exp Pharmacol, 2009(192): p. 29-60.

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