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Excreção

Após a metabolização ocorre a excreção dos metabolitos pela urina, fezes, bílis, suor, saliva, entre outros.

     A nicotina é excretada principalmente pelos rins, após filtração glomerular e secreção tubular, sendo transportada preferencialmente por transporte ativo secundário pelos transportadores OCT2 existentes nas células tubulares renais. Por outro lado, esta molécula também pode ser reabsorvida, contudo isto depende do pH urinário:

 

  • pH ácido (<5.5): a nicotina encontra-se na forma ionizada, sendo por isso a sua reabsorção mínima e a sua excreção elevada;

  • pH alcalino (>8):  encontra-se na forma não ionizada e é, por isso, mais reabsorvida do que excretada.

 

      Apesar de sofrer metabolização, cerca de 5 a 10% da nicotina é eliminada diretamente por excreção renal.

      Relativamente à excreção renal da cotinina não é tão influenciada pelo pH urinário quando comparada com a da nicotina, já que esta molécula é menos básica encontrando-se na forma não ionizada a pH fisiológico. Por esta razão, a sua excreção renal é reduzida, sendo cerca de 12%. O contrário acontece com outros metabolitos importantes como a nicotina N-'óxido e a 3'-hidroxicotinina que são eliminadas em grandes quantidades na urina, cerca de 100% e 63%, respetivamente.

A eliminação renal da nicotina e dos seus metabolitos depende da taxa do fluxo urinário.

      Quando a nicotina é excretada pela saliva pode sofrer uma reabsorção a nível do intestino delgado. Tal acontece por deglutição da saliva que atinge o intestino caracterizado pelo seu pH básico, encontrando-se a nicotina na forma não ionizada, o que permite uma nova absorção.

Referências Bibliográficas:

  1. http://www.inchem.org/documents/pims/plant/nicotab.htm (Consultado em 15/03/2018)

  2. Benowitz, N.L., J. Hukkanen, and P. Jacob, 3rd, Nicotine chemistry, metabolism, kinetics and biomarkers. Handb Exp Pharmacol, 2009(192): p. 29-60.

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